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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Escravo do Platonismo - Introdução

Esta história é baseada em fatos reais, o que não significa que tudo nela seja uma verdade, então, comecemos.


Mais que uma filosofia de vida, uma prisão. Mais que uma escolha, um destino. Mais que um estilo, uma personalidade. Sim, há toda uma mistura de idéias que me confundem, não somente por serem ambígua mas tambem por ao mesmo tempo que posso imaginar algo, imagino como uma imagem pode mudá-lo. Eu não sou apenas vivo porque respiro, mas eu acredito que minhas ações também influenciam nisso, mas nunca sei quando eu posso dizer que algo como artimanha pode ter sido iniciado comigo ou com um simples passo do destino. Até quando escolho minhas escolhas, até onde influencio meus passos. Não que eu tenha a reclamar, afinal, acredito que sim, no final tudo valerá a pena sabe, porque sou diferente, sou único, isso me refinou, me lapidou, me tornou mais que um simples rapaz que sabe amar, mas um rapaz que sabe o valor de um romantismo ou de um simples ato que é presentear com flores. Mas se nossos atos nos mudam, ao mesmo tempo nos punem. Lembro-me bem no filme Número 23 quando o personagem diz que em seu túmulo gostaria de que escrevessem "E SE..." e é por aí mesmo. Mas uma coisa digo, não é simples se modelar platonicamente, porque além de demandar paciência, tem que haver muita, mas muita imaginação para lidar com os tais "E SE..." porque eles manterão viva a chama platonista. Porém, deixarei claro que tudo o que contarei será em torno de todas as paixões platônicas que conseguir analisar em fósseis deixados em meu coração, assim como cicatrizes que nunca me deixarão esquecê-las, porque por mais que não as tenha vivido ou que muitas delas nem sabiam de minha existência, meu coração as venerava e ao ver o quanto era impóssível ele se aliviava, porque a experiência me mostrou que as piores paixões platônicas são aquelas que dão um ar de possíveis. Complicado isso porque nelas os famosos "E SE..." se tornam acessíveis e claros pra voce, e o pior de tudo, realmente só dependerão de voce, porém os platonistas tem em mente duas alternativas: acabar com o platonismo tornando algo real expressando-se, ou adiar isso. Eu mantia-me na segunda opção, e acabou que não soube quando parar, até que fugiu do controle. Começarei então a contar tudo desde o início mais remoto: A PAIXÃO INFANTIL.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um Aniversário Mais Lunático

Sim, ela estava lá... Comemorando? Talvez à maneira dela. A nostalgia é uma coisa indispensável quando você vê mais um ano passando, mesmo esse ano teoricamente sendo apenas um dia. Acredito que reviver o passado por um dia é uma forma de buscar sabedoria. Pesar o bom e o ruim do que aconteceu ao longo dos seus (poucos) anos de existência te ajuda a construir uma imagem de quem você é ou, se você não está satisfeita sobre quem é, de quem você quer ser. Sim, você você pode escolher quem quer ser. E isso é construído ao longo da sua vida a partir dos amigos que você escolhe pra si. Eu escolhi os melhores. Cada um do seu jeito e seus jeitos completam o meu. Alguns eu não me identifico tanto agora, mas eu sei enxergar isso como natural. Eles jamais deixarão de ser meus amigos por isso. Mas se engana quem acha que eu faço as coisas que faço pelo simples prazer de fazer. Sempre tem uma maquinação por trás de tudo. Faz parte do meu jeito frio e calculista de ser. E eu adoro. Adoro inventar coisas novas. Adoro ver a maldade nas pessoas. Adoro ver a bondade também. Adoro procurar significados pra todas as coisas que as pessoas fazem. Significado pra cada palavra que elas escrevem ou dizem. Eu faço isso pelo simples prazer de tentar entender. Ainda que as pessoas façam simplesmente por fazer. Ao colega que divide este blog comigo eu só tenho a dizer "Muito Obrigado!" e explicar que se eu não viver cada dia como se fosse o último é porque eu realmente acreditei que existiria um futuro.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Simple Life

Ta bom. Eu tento, eu juro que eu tento. Mas é impossível trabalhar com aquele tanto de caipiras que tem naquele escritório. Tudo bem que eles sabem fazer as coisas quando eu solicito, mas pelo amor de Deus, só sabem fazer o que eu peço e direciono? Não é porque eu sou a chefe que sou obrigada a ser a única referência, a única maneira de se tomar decisão. Autonomia é necessária meu povo.
Tudo começou quando o pessoal quis me transferir pra essa cidadezinha do interior, realmente eu sei que ta crescendo a empresa, temos futuros a construir nessa região mas vamos à primeira impressão.
Cheguei e já vi que o pessoal não tem nenhum tipo de padrão pra se vestir. Assustei no começo, tudo bem que seria difícil exigir terno e gravata, mas como vou manter-me em seriedade quando a mulher do cafezinho ta vestindo uma camiseta de político? E o pior, a água servida lá em é em um filtro de barro. Não bastasse isso, os únicos computadores ali foram comprados em Cruzeiros.
Tudo bem que a empresa se situa no interior e eles mandaram-me com o intuito de criar um ambiente harmônico e apresentável para a visita de nossa matriz, mas quanto mais conheci os funcionários, mais notei que seria complicado tornar aquela empresa ao menos com cara de empresa.
A Maria, ou melhor, uma das Marias, me veio pedindo no primeiro dia pra sair mais cedo porque tinha uma novena pra comparecer em razão a chuva ou alguma coisa assim. Agora eu, uma executiva de sucesso, que trabalho numa empresa que vende painéis solares vou permitir uma das funcionárias sair pra pedir chuva? O pior não é isso. O pior é que fiquei queimada na empresa. Agora estou certa ou errada?
Na outra semana eu vou para o meu escritório e o que acho? Uma galinha. Isso mesmo, uma galinha em cima da minha mesa, e ainda fazendo necessidade em cima das minhas folhas. Agora quando saí pra perguntar quem tinha feito isso, ninguém disse um “A”. Tudo bem, relevei. Saí pra comprar minha água mineral na venda ao lado, mas ao voltar não era uma. Eram sete galinhas na minha mesa, o Sebastião ainda me corrige dizendo que uma daquelas criaturas era um galo. Daí não agüentei e disse que se descobrisse o responsável por isso eu ia acabar despedindo a pessoa. Ouvi uns murmurinhos mas pararam com as graças, ao menos era o que eu pensava.
No outro dia quando entro na empresa todos vestidos com roupas de quadrilhas. Umas camisas xadrez pra cá, umas calças rasgadas pra lá, e todos os homens com chapéu de palha. Eu estava a ponto de dar um chilique quando a Ana me veio oferecendo uma pamonha. Depois me controlei e vi que era até possível que eles estivessem querendo voltar à amistosidade. Engano meu. Quando acho que realmente as coisas voltaram ao normal, ao final do expediente vem-me um cliente conversar sobre a aquisição de vários painéis solares, quando saio no saguão pra perguntar ao José onde estavam os folhetos explicativos, vejo umas três redes armadas com o José e mais dois amigos dele deitados e ainda dizendo que estavam apenas matutando.
Resolvi marcar uma reunião para decidir o que teria que fazer pra acabar com toda aquela caipiragem no meu escritório. Me disseram que eu tinha que parar de enxergá-los como caipiras e vê-los como gente, por isso eles estavam me mostrando como eu realmente os imaginava e como eram os caipiras de verdade. Depois ainda disseram que eu não podia mexer nos hábitos deles, e que a Maria ficou muito triste de não poder ter ido à novena.
Agora não ir a Novena é motivo pra deixar de trabalhar da forma certa? Tudo bem que eles têm os hábitos deles, mas não sei como eu poderia mudar isso. Seria tão simples se eles se adaptassem, mas não...Todo mundo dizia que a culpa era minha eu cheguei de fora e eu que tinha que mudar. E começou a hostilidade. Quando pedia relatório continuava vindo sujo de terra. Quando pedia pra alguém fazer hora extra diziam que tinham que cuidar de vacas? Deixar de fazer a empresa prosperar por causa de vacas?
Então chegou o dia da vistoria da matriz e aí que me aprontaram a maior de todas. Coincidência ou não, caiu no dia da festa da Santa que dá nome à cidade e agora te pergunto. Alguém foi trabalhar? Ninguém. Nem uma alma viva. Nem mesmo a menina do cafezinho que vestia camiseta de políticos. Foi então que chegou o chefe da vistoria e eu disse que desistia. Podia me mandar pra qualquer lugar, desde que me garantissem ar condicionado, uma prédio, muitos carros lá fora e nenhuma, mas nenhuma mesmo, galinha.
E amanhã começo no meu novo escritório: Na Bahia.

Mesthor

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

UM ANIVERSÁRIO MAIS LUNÁTICO

Ela sim estava lá...Comemorando? Não sei. Podia estar bem assim nostálgica, lúdica, quem sabe até revivendo momentos que há muito ficaram pra trás, porém que a lembrança não deixa esquecer. Mas uma coisa é certa, os clichês não se interagem com ela. E nem se interagirão porque pra clichês sobreviverem, é necessário uma dose de rotina, um pouco de mesmice e uma porção cavalar de previsibilidade. Pena(ou não) que esses ingredientes nunca estiveram em sua prateleira, e ela nem sente falta porque quando voce menos espera, está lá um email em sua caixa de mensagem pronto com mais uma idéia diferente, porém inovadora a ponto de te fazer refletir e tentar descobrir o que a motiva a querer estar com todos esses artifícios pra poder não somente trazer a tona o que sua mente se impôs, mas também um novo desafio, cujo o prêmio não é nada mais que satisfação pessoal. O presente pra ela é vívido e em ambos sentidos, satisfazer sua vaidade apenas se ela estiver querendo cultivar um pouco sua estima, que por sinal está sempre alta, altiva e máxima, não a ponto de estragar seu bom humor ou a ponto de se tornar arrogante, mas a ponto de torná-la a única capaz de demonstrar que toda sua admiração e seus pensamentos devaneiosos estão lá, prontos a ser dignificadamente expostos. Só tenho a agradecer por merecer ter uma parceria contigo, onde minhas humildes idéias são postas às suas e que esse seja o primeiros dos vários aniversário Lunáticos que estão por vir. Distorcendo os clichês, só desejo muitos anos de vida pra voce se me prometeres viver cada um deles como se fosse o último...


Mesthor

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A VIDA DE MAGNO

Capítulo II

Eis que se via na recepção,
A estranha mulher com Magno nas mãos,
Mas Magno não parava de chorar,
E a atenção de todos veio a chamar.

Com isso uma enfermeira se incomodou,
E qualquer tipo de ajuda ofereceu,
A estranha mulher nada falou,
E uma falsa autorização à enfermeira mostrou.

Ao pegar o celular, ela parecia negociar,
E a vida de Magno estava envolvida,
Mas Magno era apenas um bebê,
E de tanto chorar, dormia.

Mas ao acordar, Magno em outro lugar estava,
E a estranha mulher para esse lugar o levara,
Após sair de um elevador que ambos tomaram,
Em um apartamento luxuosíssimo eles entraram.

Foi acomodado em um quarto aconchegante,
E era alimentado a todo instante,
Mas o que em sua infantil cabeça não passara,
Era que a estranha mulher o negociara.

E no mesmo dia Magno foi acordado,
E algo diferente seu destino o havia reservado.


Mesthor

domingo, 8 de novembro de 2009

Encontros

Depois de algum tempo sem postar resolvi atualizar o blog porque sei que a mão do meu parceiro deve estar coçando pra colocar alguma coisa aqui também. Trata-se de um mini (bem mini) conto que escrevi a um tempo atrás e que acabou começando a história desse blog, já idealizado por mim, mas não executado porque tenho preguiça suficiente pra nunca terminar o que começo, ou nunca começar o que imagino (o que já me poupa o trabalho de não terminar). Vamos ao conto:

"Primeiro era uma garota e um garoto. E só isso. Cada um em seu mundo. Eles não se conheciam. Então aconteceu. Um dia eles se viram. Ela estava sentada, pensando. Ele estava andando e passou na frente dela. Um momento. Olhares cruzados. Frio na barriga. Depois disso a vida continuou a mesma. Ela sempre sentada. Ele sempre passando. A troca de olhares. O frio na barriga. A sensação era boa. Ela viciou nessa sensação. O frio na barriga. Ele... não dá pra saber. Ela, como todo bom viciado, foi atrás do seu vício. Bastava um olhar. E o frio na barriga. Às vezes com maior intensidade. E suas mãos ficavam trêmulas. As dele... ela não sabe dizer. Às vezes ela achava que ele sabia. Do vício. E às vezes ela achava que ele sabia que ela achava que ele sabia. Ou algo muito parecido com isso. Mas isso não interessa. O importante eram os olhares. E isso sempre tinha. Uma. Duas. Três vezes. Três vezes o mesmo frio na barriga. Dela. Dele... não se sabe dizer. Conclusão da história deles? Ainda não deu pra entender".

N.D.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A Vida de Magno

Capítulo I - Na Maternidade


Quando Magno nasceu,

Cara de revoltado ele tinha,

E nem mesmo um choro ele deu,

Antes do clássico “tapinha”.



Pro berçário então foi levado,

Da mãe, naquele momento, foi separado,

E parecendo ter consciência disto,

Chorou ao ter no berçário chegado..



Mas no meio da noite, uma estranha mulher,

O silêncio daquele berçário quebrou,

E o bebê mais bonito que lá havia,

Com rapidez do berço ela o tirou.



Mas o bebê mais bonito que havia,

Era um que revoltado dormia,

E a atenção dessa mulher atraiu,

Quando em um seletivo olhar o viu.



Esse bebê que foi selecionado,

Naquela noite teve seu sono perturbado,

Mais que rapidamente disparou a chorar,

Mas pelo ninar da estranha mulher veio a se calar.



Este bebê era Magno,

E nesse dia nessa maternidade,

Magno de sua família foi roubado.


Mesthor

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Problemas da "Humanidade"



Praticamente todo santo dia (e não todo dia santo) uma amiga me liga pra falar coisas.

-- Que tipo de coisa?

Todo tipo de coisa... Mesmo.
Um desses tipos de coisas que ela gosta muito de falar é que a “humanidade” tem problemas. Se bobear ela consegue enumerar todos os problemas da humanidade. O de hoje foi o seguinte:

-- A humanidade não suporta a verdade.

De acordo com ela as pessoas exigem sinceridade, mas se você fala a verdade elas ficam com raiva... ou tristes... ou depressivas. Já se você mente é uma alegria só. E essa questão não foi colocada sem conhecimento de causa, pois ela testou a teoria (de uma forma bem engraçada, devo colocar, mas que não me cabe entrar em detalhes neste momento).
O importante é que eu concordo com ela. As pessoas normalmente não aceitam que nós apontemos seus defeitos e nem que discordemos de suas opiniões. Não suportam um sorriso meio torto, uma erguida de sobrancelha. Esse tipo de gesto sempre vai gerar discórdia entre uma pessoa sincera e uma pessoa ignorante (não no sentido de analfabeta).
Acho que saber ouvir as pessoas e refletir sobre o que elas lhe dizem é uma forma de crescimento pessoal, que por sinal poucas pessoas conseguem fazer.
Eu li uma citação em um livro (que eu ainda não li) que diz o seguinte:

“Mais que amor, dinheiro e fama, dai-me a verdade.”

Se mudarmos algumas poucas palavras encontraremos o lema da “humanidade”:

“Dai-me amor, dinheiro e fama, ao invés da verdade.”

N.D.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Maybe This Time - Parte 1

"Maybe This Time, I'll Be Lucky" . Essa foi a música que estava sendo executada em uma velha vitrola em uma loja da cidade, uma loja de velharias, apenas notei-a porque eu era fascinado por violoncelos, sempre quis tocar, porém minha mãe dizia que música não dava futuro, mas entre ser um violoncelista e um digitador, acho que me divertiria muito mais na música. Enquanto parei na porta da loja para escutar, sempre vem um vendedor perguntando o que desejo ou qualquer coisa do tipo, saiu insatisfeito com a resposta de que apenas a música me atraía. Admito, pensei mesmo em comprar uma vitrola apenas pra ouvir a música em casa o dia todo, mas caí em mim e vi que não valeria a pena. "Everybody Loves a Winner, so nobody loves me". Fechei os olhos e comecei a deixar levar-me pelas batidas do piano, pelas notas leves do clarinete e claro, pelas batidas melódicas do violoncelo, porém, num estímulo da música, dou um passo para trás como em uma valsa invisível e vejo como a vida pode ser traiçoeira. Nesse exato momento passava pela calçada ao meu lado, ela, que há muito não via nem tinha esperança de ver, mas estava com pressa, vida corrida, rotinas traiçoeiras e por isso seu passo era apertado e teria chegado bem ao destino, se não fosse eu. Ao ir pra trás trombo-me diretamente com ela e com o impacto ela foi praticamente arremessada pra trás. Ela estava com um olhar primeiramente desnorteado, como se tivesse tentado atravessado uma barreira de vidro, dessas que parecem invisíveis, e tivesse colocado toda sua força contra ela. Mas essa parede era eu, e ao voltar aos poucos a si, ela me notou e viu que eu era o culpado. Por cavalheirismo claro eu peguei suas coisas no chão e pedi desculpas, ela aceitou, até ver quem realmente lhe pediu desculpas. Olhou pra mim com aquele olhar que é misto de desprezo, ódio, esperança, não se sabe qual a ordem exata em que aparecem, e enfim, pegou suas coisas saindo dizendo que de mim não esperava outra coisa. Tentei explicar que não era intencional, porém ela não queria me dar ouvidos. Não fiquei surpreendido com sua reação, porém, ainda não sei porque ela não me perdoou até hoje. Mas como diz a música "It's gonna happen, happen sometime."