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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Maldição do Casamento

Conto vencedor do III Concurso de Contos de Terror da Área N


Não há quem não reparasse nela. Apesar de não sair de casa, conseguia manter sempre uma bela forma. Sim, belas cinturas, quadril em uma medida considerada perfeita e uma silhueta de dar inveja à todas as vizinhas que rodeavam sua casa. Seu nome era Milena, e não tinha um homem na vizinhança, casado ou não, que não a cobiçava ou tinha seus sonhos povoados por ela.

Amigos ela não possuía. Ninguém a visitava, de vez em quando ela se ausentava de sua casa, mas era pra viagens que duravam meses, e depois voltava só para seu lar. E lá permanecia só, junto à sua televisão. Ela tinha uma iguana, verde e enorme, que punha medo nas crianças que a viam, alguns diziam que já viram a iguana comer um gato inteiro.

Apesar disso, as únicas palavras que ela dizia eram frios cumprimentos aos vizinhos quando saía pra ir ao supermercado. Toda vez que tentavam conversar mais com ela, ela apenas dava uma resposta seca e ia embora fazer o que ela tinha programado pra si mesma.

Ela chegou naquele bairro quando seu primeiro marido comprou lá a casa. Eles chegaram logo após a lua-de-mel. Ela tinha seus 16 anos. Ele tinha 24. Porém pareciam ser um casal muito convencional. Ele sempre saía pra trabalhar e voltava à noite. Ela só saía quando era pra ir ao supermercado. Os vizinhos que a iam recepcionar eram recebidos com felicidade, batiam um papo e depois se iam. No começo ela era amável e amiga. Até que um desastre aconteceu.

Um dia simplesmente seu marido não voltou do trabalho. Ela ficou desolada com o acontecido. A polícia tentou que tentou achar o paradeiro dele, porém não havia nenhuma pista que ajudasse a encontrar seu paradeiro. Ele tinha sim saído de seu serviço, porém, não chegou até em casa. Ela ficou desesperada e durante as noites só se ouvia seu choro inundando a casa.

Todos lhe prestavam condolências e ela as aceitava, mas nada dizia. Apenas chorava. Foi quando ela partiu pra sua primeira viagem. Voltou dois meses depois, e em casa ficava só, junto à sua TV. Quando os vizinhos iam visitá-la, ela alegava não estar bem e dispensava as visitas ou convites que eles faziam a ela. Sua única companhia era a iguana que ela trouxe junto com a viagem.

Porém, um ano após seu casamento, ela novamente viaja, e quando volta, volta acompanhada por um novo marido. Esse parecia ser mais jovial e mais esportivo. Ele era jogador de tênis e estava se iniciando na liga amadora quando se mudaram. Os vizinhos o adoravam sempre alegre e piadista. Porém, coincidência, sina ou maldição, certo dia foi para o treino e não mais voltou. A esposa ficou mais desolada ainda, porque não acreditava que aquilo podia acontecer mais uma vez com ela. Ela queria saber o porquê daquilo só acontecer com ela.

Os policiais ficavam perdidos, porque nenhum vestígio era encontrado, nem onde desapareceu nem na casa. Uma coisa era certa. Milena passou por mais um período muito triste. Dessa vez ela chorava muito mais que da outra vez, mas os vizinhos começavam a cogitar o possível motivo dos sumiços. Alguns desconfiavam dela, outros de algum possível inimigo que ela pudesse chegar a ter, mas os rumores só aumentavam e nada se resolvia. Ela partiu novamente para a viagem que fez. Os vizinhos se questionavam pra onde ela estaria indo, mas ninguém nem idéias tinham.

Depois de dois meses ela voltou e estava novamente em seu isolamento solitário com seu iguana, porém, mesmo que os vizinhos oferecessem companhia, ela não aceitava, nem os convites pra sair, festas de aniversário ou da Associação de Bairros, nada. Ela permanecia reclusa em sua sala com sua TV.

Um dos vizinhos era mais insistente. Ele era apaixonado por ela desde que ela havia mudado pela primeira vez para aquele bairro, porém mantinha em secreto sua paixão por ela. Até que o segundo marido dela desapareceu. Ele e seu amigo ficaram muito intrigados com o porquê, porém ele resolveu que queria conquistá-la de qualquer forma.

Começou visitando sua casa várias vezes, e por mais que ela o dispensasse ele sempre insistia em entrar, ela tentava que tentava se desviar dele, porém ele insistia muito.

Certo dia depois de tanta insistência ela deixou-o entrar e começaram a conversar. Ele encantado por ela, mas ela nem conversava tanto com ele. Ela resolveu convidar-lhe para o jantar. Ele aceitou e perguntou se poderia chamar o amigo. Ela aceitou.

No jantar ela se soltou mais. Estava mais disposta, mas bem humorada e conversava mais com os dois cavalheiros seus vizinhos. Finalizado o jantar eles se despediram e foram embora. Um dos amigos estava feliz demais por ter jantado com ela, ele achava que era questão de tempo até conquistá-la da forma que ela o conquistou.

As visitas se tornaram mais freqüentes, mais freqüentes até que enfim, eles assumiram o namoro. Ela já se mostrava uma outra pessoa, mais feliz, mais alegre, recebia outros vizinhos em jantares e ainda por cima sempre sorridentes. Sua casa era outra. Mais feliz aconchegante e animada. Passados alguns anos, eles resolveram se casar.

A cerimônia dessa vez se diferiu das demais, antes era apenas civil. Essa foi em igreja com ornamentos e tudo o mais. Porém nenhum convidado da noiva, apenas do noivo. Alguns estranharam, mas deixaram pra lá e curtiam a festa, que foi muito bem comentada por todo o bairro.

A vida seguiu tranqüila. Enquanto seu novo marido saía pra trabalhar, ela ficava em casa cuidando dela e fazendo tricô, um hobby aprendido com uma vizinha. Tudo ia bem, até em filhos eles pensavam, tinham o intuito de formar uma bela família. Até que novamente, o pior aconteceu. O marido dela desapareceu novamente e sem nenhum vestígio.

Ela desesperou, porque não agüentava que aquilo estivesse novamente acontecendo com ela, não achava que poderia ser possível três vezes acabarem com a felicidade dela. Como era possível acontecer somente com ela? Ela chorava que todo o bairro ouvia e lamentava. Alguns desconfiavam, mas nada acontecia, porque ninguém tinha a menor pista ou paradeiro de onde poderiam estar os desaparecidos maridos dela. A polícia se viu perdida e estava a ponto de novamente arquivar o caso. Porém uma pessoa não estava satisfeita com isso.

O amigo do marido dela ficou irritado com a história do desaparecimento, e lembra que até tinha brincado com o fato de seu amigo desaparecer quando casar com a Milena. Porém, ele achava que seria apenas uma brincadeira, mas não. O amigo tinha ido para o trabalho, no dia em que desapareceu, iam voltar juntos, porém, ele ficou pra resolver uns problemas de ultima hora. Ele decidiu por si mesmo descobrir o que havia acontecido.

Ele combinou de entrar na casa enquanto ela havia saído pra viajar. Deu seu jeitinho, porém ao entrar na casa ele repara que dois olhos estão o olhando de uma forma assustadora e tenebrosa. Era o Iguana dela. O iguana avançou em direção a ele com aquele olhar mortal, ele começou a fugir, então tropeçou e o iguana passou por cima de suas costas e avançou correndo pela sala.

Assustado, o amigo olhou pra si e viu que estava tudo bem. Continuou procurando algo, subiu as escadas devagarzinho e chegou ao segundo andar, onde ficava o quarto do casal.

Ele chegou à porta e ouvia uns estranhos sons. Ao abrir a porta vagarosamente ele começa a caminhar rumo ao banheiro da suíte. Quando ele olha pra dentro do banheiro da suíte, ele fica surpreso, toma um susto e cai pra trás.

Ele viu a aterradora imagem de uma criança comendo o que parecia ser um braço humano. Era uma imagem aterradora, a criança era careca e possuía olhos muito vermelhos. Ele ia preparar pra correr quando outra criança se pôs à porta. Apontou o dedo pra ele e abriu a boca, foi quando outras duas crianças apareceram no escuro e seguraram a perna dele e começaram a morder. Ele ia gritar quando uma criança enfiou a mão em direção à boca dele colocando lá dentro um pedaço de pano

Assim, do nada apareceram mais duas crianças que começaram a devorar o corpo dele aos pouco e ele com a dor desmaiou atemorizado com o que seria aquilo. Porém, desse desmaio ele não voltaria jamais. As crianças pro fim terminaram de comer todo o corpo dele, inclusive elas mastigavam os ossos como se fossem algo crocante e saboroso. Depois de tudo terminado, elas voltavam ao escuro e o iguana por fim, lambia todo o sangue que ficava espalhado pelo chão, como se não tivesse tido nada ali.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O PLANO H

Outra história real, de um namoro que de tão fantástico…É fora do comum…

Em um namoro um dos momentos mais fantásticos é a troca de aliança de compromisso. Muitos não usam, por escolha própria, ou para copiar padrões exteriores ou por razões que não sei. Outros usam, mas nao gostam, porque acham cafona, mas a chantagem emocional é tao grande que é inutil resistir. Outros ja começam a namorar com a aliança, ja outros preferem comemorar datas especiais com ela, como o aniversário de namoro. E nao posso esquecer daqueles que preferem um pulseira de compromisso(sim, conheço alguém assim).

Optei pela data especial, que pra mim, era a melhor das alternativas. E nenhuma data melhor para comemorar que quando completamos dois anos que nos conhecemos. Nos conhecemos dia 21/9/2008 em um evento anime onde ela acompanhava minha amiga, então eu estava decidido a entregar a aliança no dia 21/9/2010 pra comemorar data especial, sou bom com datas. Então comecei a pensar em como seria o tal momento. Veio em minha mente então o…

PLANO A: Entregar a aliança pra ela na pracinha que fica ao lado do serviço dela. Comecei arquitetar e pensar em como seria isso, se ficaria legal e como seria especial, ou como tornar esse momento especial. Daí acabei por arquitetar o…

PLANO B: Entregar a aliança pra ela na pracinha que fica ao lado do serviço dela mas junto com um sapo de pelúcia. Isso porque tinha notado que no orkut dela ela tinha adicionado umas fotos de sapinhos fofos. Sendo assim, estava tudo decidido. Até que um dia comprei as alianças e um dia antes da entrega eu preparei as alianças gravando o nome e ainda comprei o sapo de pelúcia que era lindo. Vendo o sapo então tive um insight de colocar as alianças dentro do coração que ele segurava. Com caixinha e tudo o mais, mas o melhor não seria isso, então com sugestões e idéias surgiu o…

PLANO C: Entregar a aliança pra ela na pracinha que fica ao lado do serviço dela com um sapinho segurando uma rosa com um laço e esse laço conteria as alianças penduradas. Então estava já totalmente pronto para o momento e pensando bem nas palavras e também em como seria. Porém um detalhe eu tinha esquecido, na verdade dois. O primeiro: O pai dela estaria em casa, o que nao seria grande empecilho, o segundo: Ela sairia mais cedo do serviço nesse dia. Realmente coisas que eu tinha esquecido e que eu nao lembrava, ou seja, o plano C falhou e tive que pensar em um novo…

PLANO D: Entregar a aliança pra ela na casa dela com um sapinho segurando uma rosa com um laço e esse laço conteria as alianças penduradas. E no dia preparei tudo certinho, e o arranjo ficou ótimo. Inclusive com a rosa alaranjada que é outra hisória. Sai, entrei no onibus pronto pra ir pra casa dela entregar tudo o que tinha preparado e pensando nas palavras que falaria, porém, deixando o momento guiar-me. Com isso, ao sentar-me no banco, ela me liga dizendo que iria pro Centro porque tinha marcado com uma amiga de pegarem um certificado juntas, daí perguntou se teria como encontrá-la lá, mas eu disse que não porque já estava a caminho dela, sendo assim, surgia o…

PLANO E: Entregar a aliança pra ela na casa dela, com ela preparando pra sair, com um sapinho segurando uma rosa com um laço e esse laço conteria as alianças penduradas. Estava já assim, meio tenso por terem mudado tanto os meus planos, já que sou muito focado no PLANO A, e esse já estava bastante avançado pra mim. Mas então fui preparando-me psicologicamente pra um momento unico na minha vida. E que foi chegando cada vez mais rapido. Mas quando estava perto da casa dela, o telefone toca e é ela me dizendo que estava atrasada e que ia pegar o mesmo ônibus que eu e assim, iríamos juntos para o Centro, o que inflingia no…

PLANO F: Entregar a aliança pra ela no ônibus com um sapinho segurando uma rosa com um laço e esse laço conteria as alianças penduradas. E aí sim desesperei, porque o ônibus não era nada que eu esperava mesmo, principalmente porque tinha arquitetado tudo tão bonito, e não é uma coisa muito fácil romantizar uma situação em um ônibus. Mas lá estava ela, no ponto me esperando, e quando entrou, o motorista nao a deixou entrar porque a linha do ônibus não voltaria pro Centro, e ela então com raiva desceu, o que me pôs no intermediário…

PLANO G: Entregar a aliança pra ela em algum lugar que não fazia a mínima idéia de qual seria com um sapinho segurando uma rosa com um laço e esse laço conteria as alianças penduradas.Mas o mais agravante disso tudo foi uma frase que ela liberou: “Sempre que estou feliz, vem uma coisa pra estragar meu humor e me deixar com raiva.” O que pra mim significava “Everton, voce está ferrado porque ela está com muita raiva.” Então finalmente aconteceu o finalmente e nada esperado mas lindo e memorável…

PLANO H: Entregar a aliança pra ela sentado em um ponto de ônibus em frente uma chácara que criava porcos e vendia esterco com um sapinho segurando uma rosa com um laço e esse laço conteria as alianças penduradas.Mas primeiro, acalmá-la porque ela estava com muita raiva do tiozinho, e consegui, depois contar nossa história durante dois anos e então…Ela notou a sacola e foi um dos momentos mais bonitos da minha vida, nervoso??? Claro…Quase coloquei a aliança no mindinho de tanto que tremia, mas no final, mostrou o quão incomum e divertido pode ser um relacionamento que nasceu pra dar certo.

domingo, 5 de setembro de 2010

O PIOR DIA DA MINHA VIDA

Sim...agora outro post que é totalmente real...

Oito de março é uma data linda. Dia das mulheres em homenagem a algumas operárias que tiveram a infelicidade de morrerem queimadas juntas em uma fábrica e aquela coisa toda que todos conhecem. Também é o dia do aniversário do meu irmão, o que é um motivo de zoação pelo primeiro fato, mas não dá pra desligar ambos os fatos. Porém às vezes...Um dia feliz para um, é um dia muito triste para outros. No caso, sim...Eu...

Era exato oito de março de 2006 minha rotina consistia em: Escola, Curso, Banda e Casa...Seguirei essa ordem cronológica.

Escola: O dia ja começou mal porque pela primeira vez em alguns anos na escola eu estava pronto para ir novamente para um dia comum, de terceiro ano, porém, algo saiu fora do controle. O clássico despertador que não desperta. Aconteceu comigo e acordei afobadíssimo pronto para ir logo a luta e correr pra aula, o horário super avançado e o pior, teria que entrar na segunda aula. Pra muitos normais, para mim abominável. Ja cheguei de mal humor e até minha atenção chamaram porque de tão ranzinza, eu estava conversando para aliviar, mas os professores nao gostaram e reclamaram absurdo quanto a isso. Fora isso no intervalo um pessoal deixou cair em cima de mim um pouco de refrigerante(pouco pra ser generoso) e a partir dai ja começava a querer aceitar que o dia não estava sorrindo pra mim.

Curso: Almocei em casa correndo pra nao perder o curso. Para ir era um caminho de 1,7 quilometros para ir(Segundo o Google Maps) e 1,7 km pra voltar. Tempo quente, o sol estava mortificante porque era o começo da tarde, horário que meu curso começava. Chegando no curso, indo começar, acaba a energia. Obviamente nenhum aluno foi dispensado porque seria uma queda rapidinnha, porém,ledo engano Leda Nagle(saudade do Leis de Murphy) pois é...Eu ja quase nao estava bastante grilado com a vida, agora estava grilado com a vida e parado olhando para os colegas e para o professor em uma sala semi-escura. Sou obrigado mesmo. Mas la ficamos, parados por mais de uma hora esperando a energia voltar. Eu podia sim sair pra fora, mas nao tinha nada pra fazer lá tambem. Uma hora de minha vida jogada fora. Fui embora depois com a clássica frase: Será que pode piorar?

Banda: Essa é clássica...É claro que pode piorar...Óbvio... E piorou... Eu era trombonist da Banda Marcial de Goiania e meu irmão Bombardinista, daí meu case(lugar onde guarda) pesava em média 4,5 kg e o do meu irmão pesava 8,5 kg em média. Todos eles sustentados por alças e o do meu irmão abria com facilidade. Mas prossigamos. De casa pra banda eram exatos 2 quilometros de casa e sempre ia levando meu trombone claro, porém nesse dia meu irmão estava treinando em outra cidade, minha mae com a cara mais bondosa do mundo ordenou-me para levar o instrumento do meu irmão. Fui murmurando o caminho inteiro porque estava levando os dois instrumentos pesados e o pior, levando o mais pesado pro meu irmão.

Cheguei na banda um prédio de 4 andares e claro que eu ensaiava no ultimo e sem elevador. Subi as escadas com os instrumentos e o do meu irmão abriu no meio da escada, recolhi o instrumento e continuei subindo, chegando no destino me disseram que seria um ensaio lá embaixo. Desci as escada murmurando mais ainda e cheguei embaixo meu regente estava falando que so estava conversando e que era pra subir. La vai eu de novo subindo as escadas. Pegamos as partituras e quando olhei, um compasso que nunca tinha visto na vida. Apanhei até pra pegar o começo da música e fui torcendo pro ensaio acabar logo. Demorou bastante claro, mas quando acabou, o alivio do final só foi abafado pelo som dos trovões que gritavam. E caiu o pé d'água. Fiquei uns quinze minutos esperando a chuva ao menos diminuir e nada , porém, quando ela diminuiu pensei, é...ficou pior e fui embora, mas no meio do caminho, a chuva reencontrou forças para molhar um certo cidadão de mau-humor murmurante: Eu. E cai o maior toró de novo só que agora, comigo debaixo dele. O instrumento do meu irmão não parava de abrir e cair e eu a catar o instrumento dele, e o que eu ainda estava fazendo com ele? O seguinte, por causa da chuva, ele nao foi pro ensaio. Então quer dizer que levei à toa? Isso mesmo, grande dedução. Quando notei que ele nao ia a raiva subiu a cabeça e vontade de esmagá-lo foi grande. Mas continuando.

Como tudo é cômico se não fosse trágico, chegando perto de casa estava em frente a minha igreja e notando que os carros estava fazendo "ondas" com a água da sarjeta. Eu fui andando escondendo atrás das árvores. Porém, vi um carro vindo a toda com uma onda que batia pelo menos no meu pescoço, sai correndo pra esconder atrás de uma das árvores o instrumento do meu irmão abriu, abaixei rapido pra pegar e quando vi, o carro passou e a onde me cobriu me molhando INTEIRO. Ai que nao aguentei...Explodi e murmurei coisas feias, apertei o passo pra chegar e casa e vejo meu irmão na garagem. Atiro o instrumento dele em cima dele e jurei nunca mais carregar aquela...[INSIRA UM PALAVRÃO FEMININO AQUI]...mais. Ele só riu sarcasticamente e quando olho pra porta lá está minha mae pronta para a ultima fase do meu dia...

Casa: Minha casa era abaixo do nivel da rua, e por causa de um recipiente que meu irmão mais novo usou e nao jogou fora direito, entupiu a saída de água, e com isso a água não escoou e pulou a conteção de água que tinhamos na porta, ou seja, como a chuva foi "cavalar", inundou toda minha casa e a unica forma de tirar era com panos molhados com a água de dentro e torcendo fora, e era justamente esse pano que minha mãe estava me estendendo quando cheguei. O meu irmão segundo ela estava muito cansado para ajudar então lá fomos eu e minha mae limpar todo aquele aguaceiro e eu louco pra dormir para acabar o dia logo. E nada melhor que encerrar o dia tomando um banho quente né. Mas quando o dia é o pior de sua vida, nem isso é relaxante. Estava tomando banho e eu era alto e o chuveiro baixo, como estava super estressado, esqueci-me de um detalhe básico, o fio do chuveiro estava descascado e ao lavar minha cabeça, la vem a corrente toda percorrendo meu corpo molhado de pés descalços. Foi tão forte que além de derrubar a fase da casa deixando todo mundo no escuro, me fez agachar involuntariamente. Fiquei um tempo agachado e dizendo pra mim mesmo: " Quero dormir...quero dormir..." Sai tremendo do banheiro, vesti a primeira roupa que achei, me joguei na cama e antes mesmo que a luz se acendesse novamente, eu já estava apagado. Dando final assim ao PIOR DIA DE TODA MINHA VIDA.

O REQUISITO FINAL

O que um momento de devaneio não pode te trazer…

Ter tudo é pedir demais, mas querer ter tudo nem sempre é ambicioso. O tudo é relativo, o nada é fato, mas eu só queria preencher alguns requisitos sem ter que sacrificar outros. Filosofei demais né? Então vamos do começo. Desde molecote sempre fui bom em volei, cresci jogando e conheci muita gente boa lá. O pessoal da rua sempre me chamou de “O Certinho” por não tocar campainhas e sair correndo e não estar interessado em “pegar” as menininhas da rua de trás. Além de que sempre ajudava as idosas com compras e essas coisas e melhor que descer de carro de rolemã pra mim era estudar. Um livro sempre foi meu parceiro pra várias horas e matava meu tédio antes das aulas de volei.

O detalhe de não querer “pegar” as menininhas da rua de trás é porque como li bastante sempre desenvolvi em mim a necessidade de escolha, ou seja, eu tinha alguns requisitos que gostaria se ser cumpridos. Conto de fadas…Não, apenas um modo de não deixar-me ir por apenas o que a vida me trouxer, ou seja, escolher alguém pra mim. Eu me achava tão especial, então queria alguém tão especial quanto eu para passar o resto da minha vida oras. Mas esse alguém especial tinha uma sinal que definiria que era a MINHA ESPECIAL.

Ja saí com várias garotas, admito, mas quando íamos conversando ia mentalmente gravando minha listinhas:

[x] Beleza não agressiva

[x] Belo sorriso

[x] Gosta de leitura e cinema

[x] Papo super agradável

[?] Requisito final

Elas nunca preenchiam o último requisito. Nunca. Eu até entendo que era algo como o pedir demais, porém, eu me achava nesse direito. Estava pronto a aceitar qualquer requisito vindo delas, mas elas somente teriam que reagir bem ao meu. Somente reagir bem. Mas as reações eram catastróficas para mim, nenhuma que eu achasse legal ou me deixasse à vontade, sempre constrangedoras. Enfim…esse requisito era simples: aceitar que sempre durmo com uma vassoura embaixo da cama. Simples não é? Mas nunca eram pra ela. Depois de várias frases de conquista,vários flertes e várias perguntas sobre a minha pretendente, sempre comentava sobre isso. A Flavinha riu tanto que deixou escapar Coca-cola pelo nariz. Assim como a Roberta que não aguentou e teve que ir ao banheiro se recompôr. A Livia então, ficou me olhando estranho tipo pensando: Hum, uma vassoura? Mas por que uma vassoura? Porém, ela não teve coragem de perguntar.

O que eu esperava? Eu não esperava nada, eu tinha a certeza de que o amor não é simplesmente amar cegamente alguma pessoa, e sim amar cada coisa que essa pessoa possui, dentre eles seus pequenos defeitos e suas pequenas manias. Tão bom saber que uma mania diferente faz o coração do outro bater. Saber que um pequeno hábito deixa mais iluminado um sorriso. Um pequeno gesto corriqueiro pode fazer um casal se amar mais, ao notar que um aceita o outro da forma que é.

E foi assim que aconteceu com Ester, preencheu todos os requisitos e faltava apenas o último. E eu estava apreensivo, até que comentei. Ela deu um sorrisinho e disse-me que era impossível isso acontecer.Eu disse que era a uma reação que eu já esperava que alguém fosse ter mesmo. Ela continuou a sorrir, mas quando vi, não era um sorriso de zombação ou estranheza, era de…Meu Deus…Era de aprovação. Sim…Impossível…Não sabia se era ilusão ou o que era, mas resolvi manter-me iludido mesmo assim. Mais tarde comentaria sobre isso novamente. O jantar continuou e ela era fantástica e vi que era impossível nao me apaixonar por ela. Será que o requisito não seria necessário? Eu estava com medo de tocar no assunto, mas por um tempinho…esqueci-me dele.

Saímos outras vezes, meus amigos falavam que éramos um casal perfeito, e nesses momentos então eu lembrava que tinha o requisito. Eu não queria quebrar aquela magia toda. Estava com medo, mas deixei ir. Até que um dia, ela deixou escapar algo que mudou a forma que a via. Ela disse EU TE AMO. Eu não era apenas mais uma companhia ou uma simples pessoa com quem ela se divertia, não, mas eu era a pessoa que ela amava. Como podia ser possível? Mesmo eu todo receoso em me entregar totalmente a essa paixão, consegui conquistá-la de uma forma que ela queria nossos corações unidos. Será que valeria a pena eu me entregar a ela mesmo sem saber sobre o requisito final dela? Será que valeria a pena enfrentar o meu medo para enfim descobrir se ela era ou não a mulher da minha vida, mas a maior de todas as perguntas, valeria mesmo a pena perdê-la? Estava tão confuso que não teve outra. Em um de nossos jantares que fazíamos um na casa do outro juntos, na hora de juntar as louças ela pulou em minhasc costas e começou a sorrir, a . Girei-a junto com meu corpo e deixei-a cair sobre o sofá. Ela caiu gargalhando então a abracei e ficamos ali abraçados por um longo tempo, apenas sentindo a respiração um do outro. Não sei o que se passava em sua cabeça, mas sei que seu coração batia alinhado ao meu. Enfrentei todo o meu medo e resolvi então desabafar. Disse a ela que tinha algo tão sério pra conversar que podia mudar o rumo de nosso amor. Nisso ela disse que tinha ficado feliz e triste ao mesmo tempo. Confuso quis saber o porquê, ela então confessou que eu tinha dito NOSSO amor, não apenas o dela, ou seja, eu a confessei que a amoa. Contei então que desde criança sempre me sinto mais seguro quando durmo com uma vassoura embaixo da cama, e se ela não estiver lá, me sinto com insônia. Ela deu um sorrisinho e perguntou se era sério mesmo? Eu disse que sim esperando algo de aprovação, mas preparado para qualquer chacota então ela me disse: - Eu ja tive dois namorados em toda a minha vida. Eles eram legais sabe, mas faltava neles algo pra me chamar a atenção, o famoso DIFERENCIAL. Eles eram puramente comuns. Depois que terminei o ultimo namoro, decidi que somente ia namorar alguém que tivesse um diferencial para me oferecer, e voce quer saber? Esse é o diferencial mais apaixonante que eu poderia encontrar em toda minha vida. Mas tem uma coisa, voce vai ter que me prometer que não vai voar em cima de nenhuma dessas vassouras. Olhos marejados, um sorriso sincero no rosto, minhas mãos inquietas e na minha frente a mulher que me amava. E o melhor de tudo, meu requisito final não tinha sido apenas suprido, mas na verdade, foi criado para eu encontrá-la.

[x] Beleza não agressiva

[x] Bonito sorriso

[x] Gosta de leitura e cinema

[x] Papo super agradável

[♥] Requisito final

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

OLHOS FAMINTOS

Uma pequena pausa para registrar um dos momentos mais tensos da vida de um homem tradicional.

Um dos maiores desafios do meu namoro com minha digníssima namorada seria enfrentar o pai dela sem dúvida alguma. Isso devido ao índice de nenhuma aprovação relacionada a ela, a fama de durão, nordestino, bravo, decidido e amoroso demais. Isso tudo foi crescendo crescendo e criando uma espécie de medo do não, porque uma vez não, a coisa não ia ficar bonita. Eu mesmo preferia nem pensar sobre, afinal, queria sim um sim e lutei pra isso, com boa imagem, conquistando o restante da família e provando dia após dia o tamanho do meu amor por Leninha.

Chegou o primeiro dos dias, ela contou. Nisso a reação não foi tanto a esperada, ele reagiu friamente, somente ouvindo e quando resolveu perguntar, perguntas objetivas e bem direcionadas, mas a resposta de uma não o agradou: Qual a igreja dele? Ele não gostou de saber que estava envolvido com o grupo de louvor, ou seja, ia ser mais complicado ir pra igreja dela, onde toda a família (quase) está. E disse ser uma objeção. Uma semana se passou praticamente na tensão e criando muitos diálogos em minha mente para as possiveis perguntas que pudessem surgir do temido.

Chegou então o dia de enfrentá-lo. Saí com Eudilene mais cedo, conheci vovó e titia e marquei de ir mais tarde vê-lo e conversar. Leninha ja manda uma mensagem dizendo que está do meu lado seja o que for.(Animador e romantico). Cheguei exatamente às 17:00 que foi quando a mãe dela disse ser melhor. Então, estando lá às 17, mando mensagem avisando que cheguei. E subi. A subida nunca me pareceu tão íngreme, a distância nunca pareceu tão longe, Eudilene nunca tinha me parecido tão linda. Ela me recebeu e eu tenso literalmente falando. Meus músculos rígidos e coração batendo tão alto que até nível na escala de Richter tava entrando. O que acabou com isso por enquanto foi a frase: Ele deu uma saída e já volta. Isso me aliviou por um tempinho. Eudilene entrou, sentei no sofá para conversar com o irmão dela. Ela saiu promentendo voltar rapido, antes do pai. Porém, era óbvio que não seria assim. Ronco de motocicleta atrás de mim no portão e a irmã entra com cara de surpresa pra mim. Logo atrás dela, o temido pai. Apertei sua mão com uma certa firmeza pra demonstrar segurança que nao sabia onde tava ou como demonstrar. Ele entrou e Eudilene entra correndo ao ver a moto e sorri nervosamente pra mim devolvendo o que tinha dado a ela. Então começa o diálgo muito parecido com esse:

Eudilene: Pai, esse é o Everton e ele quer conversar com o Senhor.

Pai: Tudo bem Everton(sentando), o que voce quer conversar comigo?

Eu: O seguinte senhor. Eu vim intencionado a comunicar o senhor que eu e sua filha estamos orando em prol de um compromisso que decidimos firmar, nas bases cristãs, com respeito, amor, valores e principalmente, com Deus na relação. Porém por ser um namoro cristão, não pode seguir em frente sem a benção do senhor. Por isso vim conversar contigo para obter sua benção sobre nosso relacionamento.

Pai: Assim. Voce sabe como é um namoro cristão né? Então. Aqui somos todos uma família muito ligada e não sei como voce conheceu Eudilene nem o que voce faz da vida.

Eudilene: Eu o conheci em um evento que fui com a Lorena.

Eu: Eu trabalho com informática.

Pai:Bom bom. Então. Qual sua igreja?

Eu: Sou da Batista da Graça no Centro. Sou ministro de louvor lá.

Pai: Aí está o ponto negativo. Afinal, voce sendo ministro lá digamos que será mais difícil acompanhar a Eudilene na dela, e como nossa família toda frequenta a mesma igreja, não estou intencionado a liberá-la para frequentar outra igreja de maneira nenhuma e assim, como é complicado para voce sair da sua acho que pode ser um empecilho. Além disso, somos muito ligados, não somente nisso, mas em várias situações também. Sou um pai muito amoroso e gosto bastante das minhas filhas e ela é especial pra mim bastante. Com isso quero enfatizar o valor que a família tem pra mim. Passamos coisas difíceis? Sim, mas vencemos porque estávamos juntos. Agora, eu sou um pai que quer sempre estar presente e gosto demais desse ambiente aqui, mesmo porque somos os únicos da família na cidade, o que nos une mais ainda. Com isso quero dizer que gosto muito dos meus momentos entre família. Voce acredita inclusive que tem gente que quando chega na casa da gente já vai pra cozinha? Nós tentando manter a pessoalidade do lar onde descansamos e as pessoas entram invandindo, a porta sim é a serventia da casa, daqui pra dentro, eu quem mando, o pior é quando eu quero descansar no meu sofá, vendo TV, dá 19:30 e as pessoas continuam aqui conversando e conversando e eu querendo aproveitar meu momento sozinho. O pior é ficar de agarração com minha filha dentro e fora de casa, porque pra mim, a mão é o limite aceitável pra um namoro evangélico. Ainda mais, jamais deixarei minha filha sair só. Se quiserem ir ao cinema, teatro ou algo assim, as irmãs têm que ir junto, porque assim evita algumas intimidades exageradas. E com hora pra voltar claro. Ou seja, respeito é tudo pra mim, voce sabendo respeitar-me, teremos uma boa convivência.

Eu: Sim, admiro os valores que o senhor ensinou à sua filha, admiro seu lar e família e jamais quero nem profaná-los nem mesmo destruí-los, apenas quero acrescentar tanto a eles quanto a mim. E respeito é a base da confiança, então pretendo sempre respeitar o senhor de forma que possamos sim ter uma boa convivência, porque sua filha pra mim foi um Presente de Deus, e Deus não faz a obra pela metade.

Pai: Porém, como eu disse, sou muito ligado a minha esposa, amo demais aquela pequena e não posso tomar uma decisão como eu gostar e ela dizer não. Então, voce a conhece?

Eu: Ahiuagaizaloute(onomatopeia para “Eu nao sei o que falar”)

Pai: Gorete, venha cá. Essa é minha baixinha que amo demais. São xx(insira os anos de casados) e sempre tomei todas as decisões juntamente com ela, jamais só, porque o casamento é feito de amor, e no amor, somos um só, então com isso, Gorete, o que voce acha?

Gorete(mãe): Já o vi na igreja. Olha, pelo que Eudilene disse é um rapaz muito bom, trabalhador, respeitador, de familia, mas que está em outra igreja. Eu acho que isso é um problema, mas se voces estão dispostos a começar um relacionamento com esse detalhe, então o risco é de voces. Eu aprovo.

Pai: Eu também. E espero que nos demos muito bem.

Eu: Com certeza.

Com um sorriso enorme nos lábios e com a tensão tomando meu corpo, me despedi de todos, e da Leninha. Fui tentando ir pra algum lugar, igreja ou casa ou sei lá. Mas com a cabeça nas nuvens porque sim, eu enfrentei o Dragão da entrevista com o sogro para ter caminho livre a minha recompensa. Minha rainha. Meu tesouro. Minha felicidade.

— Só foi cair a ficha tres dias depois —

ESCRAVO DO PLATONISMO PARTE IV

Esta história é baseada em fatos reais…O que não significa que tudo nela seja uma verdade.

Pós formatura e lá vai o Everton para uma nova escola. O ruim era deixar pra trás meus amigos, velhas professoras, velhos habitos, velhos lanches e um amor platônico que povoou minha mente por certo tempo. E não só a mente claro, o coração vai junto. E foi um período de descobertas e aprendizagem, onde aprendi a largar e abandonar certos sonhos. Porém, na vida tudo passa...A uva também...E eu quero Doce de Leite.

Enfim...Agora entra a segunda personagem de minha vida platônica e nada aventureira: Kássia. A melhor maneira de descrevê-la era como a via naquela época: Sua altura era perfeita porque era exatamente compativel com a minha, seu pele aparentava ser tão macia como pelúcia, seus cabelos lindos e ao vento então, hipnotizavam, mas nada nada nada era tão lindo como seus olhos. Os olhos de Kássia eram fabuloso e dessa forma foi quando surgiu minha paixão por olhares, que na época era apenas paixão pelo olhar dela.

Seus olhos merecem um parágrafo, porque somente senti aquela sensação de hipnotismo pela beleza de um olhar duas vezes em toda minha vida. E a Kássia foi a primeira delas. A outra conto depois. Era como olhar para dois pequenos sóis que iluminavam sempre qualquer caminho e que só não te prendiam por completo porque as pálpebras fechavam ao piscar. Mas ao reabrir era como sentir dentro de si um novo realento, uma nova emoção, uma nova admiração. Sempre sempre sempre me pegava olhando fixamente pra ela, ela notava, desviava o olhar(hábito platonico) mas o que eu mais gostava é que eles me acalmavam. Os olhos que me acalmavam. Eles me acalantavam, me deixavam menos nervoso e me davam um estímulo para estar sempre indo a aula e me trazendo boas recordações.


Com Kássia acabei vivendo uma situação muito peculiar e vexaminosa...Por que não contar no próximo post né?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

ESCRAVO DO PLATONISMO PARTE III

Esta história é baseada em fatos reais…O que não significa que tudo nela seja uma verdade.

Tristeza no bebedouro…Sim…Só ela estava lá…Nem sede, nem fome, nem nada…Achava estar distituído de qualquer espécie de sentimentos…Ledo engano, ia em poucos instante notar que na verdade um sentimento continuava pulsando em mim: dor.

Tudo começa com “Os Gêmeos de Óculos”. Eles tinham duas particularidades interessantes: eram unidos e gostavam da mesma menina, mas pelo que parecia ou ao menos aparentava, nenhum contava isso para o outro(notei mais tarde). E é claro que o destino colocaria-os pra gostar não de qualquer garota, mas sim da minha garota(viu a posse???) e não gostavam de competição. Na verdade já não gostavam de mim por ser melhor que eles na escola, então começava por aí e quando viram que eu tinha entregue o bilhete…a confusão se armou. Um contou pro outro que eu tinha entregue o bilhete e pediu ajuda para algo do tipo “dar uma lição nele” e eu era a vítima, o alvo e essas coisas. Daí acho que o outro que gostava escondeu a raiva , mas eliminar um concorrente era uam ótima idéia. E daí voltando ao bebedouro.

Estava eu parado na fila ainda, mas parado mesmo. A fila andava me contornando e eu parado feito uma estátua, em um transe tentando e pensando o porquê doía tanto e o que eu faria, se eu teria chance, se eu tinha feito algo errado e quantos cadernos de caligrafia eu precisaria. Mas meu transe foi interrompido pelos irmãos bravos porque estavam mexendo com o “tesouro” deles daí em um momento que nem estava dando atenção um me agarrou por trás enquanto o outro deu um chute…naquelas partes…E como doía, uma dor física que se juntou com uma dor que já me dominava e assim fiquei dentro de mim que tudo tem seu lado positivo e o desse chute foi dar-me uma razão para poder chorar e expor tudo o que tinha pra fora e então minhas lágrimas foram dilacerantes para minha face, porque quanto mais rolavam, mais me lembravam o quanto meu coração doía mais que minhas partes baixas… Eles sorriram e saíram orgulhosos da dor que causaram sem saber que apenas foram o gatilho e razão para poder liberar meu estoque transbordante de pranto de um amor não correspondido e o pior…platônico…

MOMENTO RECOMPENSA: Tudo nessa vida tem uma recompensa…Gostar de Marielli fez com que eu pudesse ter um momento único em minha vida: Eu consegui dançar com ela no Baile de Formatura. Já estava desencanado que ela me amaria, mesmo sem saber o que isso significava, mas sabia que ela nao seria mais minha namorada, mas dançar com ela valeu todos os sofrimentos que passei amando-a platonicamente e pensando E SE eu pedisse um beijo pra ela agora, ganharia??? Mas não saiu disso…Mas tive ai minha primeira paixão platônica.

BONUS: Hoje a tenho no Orkut e no MSN, mas não conversamos…

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Escravo do Platonismo - Parte II

Esta história é baseada em fatos reais…O que não significa que tudo nela seja uma verdade.

Inocência é algo tão fantástico e momentâneo que perdê-la é sinal de maturidade, porém, não é maduro aquele que além de perdê-la por completo ainda faz de sua falta algo expressivo e lascivo, ou chato. O que isso tudo tem a ver? Meu bilhete que redigi era pura inocência, nada mais que palavras afirmando o que sentia por ela em um mero “eu gosto de voce”, porém, a letra estava aquela maravilha, somente eu pra entender, ela pra tentar decifrar. E foram duas tentativas admito. Na primeira pedi para alguem pedir para alguém para entregar para ela, assim eliminava vestígios e caso desse errado, já tinha pra onde correr: negar o envio. Sempre há um plano de fuga…Porém foi tudo lindo, passava de um que passava de outro que passava de outro e dependendo de sua reação, ia e revelava quem foi o autor claro… Na primeira das tentativas, erro. O grandalhão da sala viu meu bilhete em cima da mesa, Washington, tentou ler, não conseguiu e rasgou-o. Senti o sabor do ódio nesse dia, mas como era mais franzino e não queria me meter em brigas(forma sutil de dizer que era medroso) decidi deixar pra lá, tomei das mãos dele os resquícios de bilhete que haviam sobrado e saí correndo pra eliminar qualquer prova que lá estivesse. Fracasso, mas por algo que não havia planejado, então valia a pena se arriscar de novo.

Uma pequena pausa para discutir o que significa pra mim Desilusão Amorosa: Voce se apaixona, planeja, tenta agradar e por fim, voce acaba por ter tudo jogado por agua abaixo tirando todas suas chances de tornar o que voce tinha planejado e todos os sorrisos que voce queria pra voce como um simples Aedes que voce esmaga nas mãos, porém o pior é que seu coração é o Aedes e as mãos, da pessoa que te desilude. É ruim pelo único fato de tirar todas suas esperanças relativas à algo e isso é tão ruim que dói. O que nos traz a uma discussão ainda maior. Uma desilusão causada por um amor platônico dói ainda mais porque envolve a falta de coragem inerente do fundo do seu ser, ou seja, os famosos E SE… Eles reverberam em sua mente ininterruptamente e de uma forma que voce fica se lamentando por qualquer coisinha…Dói bastante isso, como uma eterna enxaqueca. Que sempre volta e volta e vai embora…Mas deixando a certeza que voltará novamente…

Passado isso, novo bilhete, velha letra, nova mensagem, mesma inocência e digo pra voces…Tremedeira…Sim, dessa vez ela veio e mostrou que me acompanharia em altos momentos da minha vida, principalmente emocional. Ela recebeu enfim o bilhete, porém, lá estava eu no bebedouro fingindo tomar água e apenas a observando, na verdade, estava na fila do bebedouro como se aguardasse minha vez, porém, meus olhos fixos. Ela pegou o bilhete, deu um sorrisinho e em minha cabeça um filme se passou: ela continua sorrindo, olha pros lados perguntando quem foi o anjo que a deixou aquela mensagem e por fim saio correndo dizendo ser eu e ganho um abraço e saímos andando no pátio de mãos dadas…O mundo real me acordou da forma menos sutil possível. O filme…era só filme…Ela pega meu bilhete, diz pra amiga do lado que a letra é muito feia e não dá pra entender nada, joga o bilhete no chão(não sabendo que meu coração lá estava) e como já não fosse de todo ruim, pisa em cima. Olhos enchem de água e saio correndo pra sala vazia, dado que era recreio, para chorar sozinho por um momento temendo a terrível represália que viria caso eu tentasse algo pessoalmente. Assim, nada mais podia fazer a não ser esquecer ou manter de verdade essa paixão como platônica, que tomava meus dias de uma forma tão onírica. Era lindo meus pensamentos a envolvendo e como gostava de sonhar em longas caminhadas pra casa com nossas mãos juntinhas e dizendo um para o outro que éramos namorados. Era estranho, mas o medo de estragar isso pra sempre sempre vinha. Porém, não era o único que sentia isso por ela… Mas só não sabia o quanto isso me doeria, fisicamente. E próximo POST que me aguarde…

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Escravo do Platonismo - Parte I

Esta história é baseada em fatos reais...O que não significa que tudo nela seja uma verdade. Mandarei ver então.

Muito raro encontrar alguém que não se lembre de sua primeira paixão. Mas se fosse pra conceituar o que seria essa tal paixão daí complicaria, mas partindo do pressuposto que a paixão é aquela coisinha que voce sente a mais quando vê a pessoa e sente uma sensação estranha de não tirá-la da cabeça, fica mais fácil se tomar como base. Porém isso claramente se transforma a medida com que a idade vai avançando, porque já tomamos conhecimentos de coisas que envolve tal paixão, que ela se torna amor e que um dia geraremos ou não novas pessoas por causa desse sentimento.
Mas todo aquele sentimento que nasce como um instinto, nasce de algum lugar e é aqui nesse ponto que adentro hoje. Primeira paixão infantil platônica é aquela que voce sempre queria ficar pertinho, do lado, juntinho, acordava pensava nela e não se sabia ainda porque, mas voce sempre sorria e queria ser engraçado perto dela, não podemos negar o fato também que muitas vezes as tratava mal, porém como uma forma de chamar a atenção, seja roubando a presilha de cabelo ou escondendo o caderno, inventando apelidos engraçados para os outros, porém não para ela. Era um sinal claro, mas o que sempre nos impressionava era o quanto ela era linda.
A minha posso dizer sem dúvida que surgiu durante minha pré-escola. Era fato que já a observava desde o jardim, porém foi durante o pré que tudo começou. Admito que ela era linda, maior que eu um pouco, belissimos olhos, um sorriso que me fazia sorrir tambem e uma voz que desde cedo, grudava em minha cabeça. Algo que te fazia querer ir pra escola pra vê-la, querer fazer ela te notar, mesmo que não fosse de uma maneira muito positiva, mas ela me vendo, era o que importava. Obviamente tem os concorrentes, e com ela eram principalmente dois, e não bastasse isso, dois gêmeos. Ainda me pergunto se um sabia que o outro gostava dela ou se queriam dividir, eu realmente não sei, mas sei que eram companheiros de paixão. Foi-se notado na sala pelas pessoas mais próximas a mim, que eu gostava dela e isso em uma situação nada divertida. Eu resolvi pela primeira vez me declarar pra ela, porém o complicado era que não éramos da mesma sala, mas ela sem duvida me conhecia, principalmente durante minha festa de aniversário que aconteceu na escola e juntaram as duas turmas. Eu só tinha olhos pra ela o que me pôs em uma situação nada legal. Porque na hora de parabéns e de ficar observando-a me olhar pisei em falso na cadeira e levei o maior tombo deixando cair em cima de mim desde salgadinhos até refrigerantes. Ela riu demais e depois me olhava com cara de compaixão, mas eu apenas sorria e com muita vergonha olhava pra ela e desviava o rosto, afinal, foi um micaço. Mas o olhar dela de compaixão pra mim valeu o tombo.
Voltando à história, eu pensei em uma forma mais simples então de dizer que gostava dela: um bilhete. Porém algo tem que ser esclarecido. Aprendi muito rapido a ler e a escrever, mas não a escrever bonito, por mais que tenha gasto muitos e muitos cadernos de caligrafia, minha letra não melhorava de jeito maneira. Então, minha letra era horrorosa. E lá fui eu para o bilhete...
E agora, o que tinha no bilhete, ela recebeu, como ela reagiu? Próximo Post.