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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Escravo do Platonismo - Parte II

Esta história é baseada em fatos reais…O que não significa que tudo nela seja uma verdade.

Inocência é algo tão fantástico e momentâneo que perdê-la é sinal de maturidade, porém, não é maduro aquele que além de perdê-la por completo ainda faz de sua falta algo expressivo e lascivo, ou chato. O que isso tudo tem a ver? Meu bilhete que redigi era pura inocência, nada mais que palavras afirmando o que sentia por ela em um mero “eu gosto de voce”, porém, a letra estava aquela maravilha, somente eu pra entender, ela pra tentar decifrar. E foram duas tentativas admito. Na primeira pedi para alguem pedir para alguém para entregar para ela, assim eliminava vestígios e caso desse errado, já tinha pra onde correr: negar o envio. Sempre há um plano de fuga…Porém foi tudo lindo, passava de um que passava de outro que passava de outro e dependendo de sua reação, ia e revelava quem foi o autor claro… Na primeira das tentativas, erro. O grandalhão da sala viu meu bilhete em cima da mesa, Washington, tentou ler, não conseguiu e rasgou-o. Senti o sabor do ódio nesse dia, mas como era mais franzino e não queria me meter em brigas(forma sutil de dizer que era medroso) decidi deixar pra lá, tomei das mãos dele os resquícios de bilhete que haviam sobrado e saí correndo pra eliminar qualquer prova que lá estivesse. Fracasso, mas por algo que não havia planejado, então valia a pena se arriscar de novo.

Uma pequena pausa para discutir o que significa pra mim Desilusão Amorosa: Voce se apaixona, planeja, tenta agradar e por fim, voce acaba por ter tudo jogado por agua abaixo tirando todas suas chances de tornar o que voce tinha planejado e todos os sorrisos que voce queria pra voce como um simples Aedes que voce esmaga nas mãos, porém o pior é que seu coração é o Aedes e as mãos, da pessoa que te desilude. É ruim pelo único fato de tirar todas suas esperanças relativas à algo e isso é tão ruim que dói. O que nos traz a uma discussão ainda maior. Uma desilusão causada por um amor platônico dói ainda mais porque envolve a falta de coragem inerente do fundo do seu ser, ou seja, os famosos E SE… Eles reverberam em sua mente ininterruptamente e de uma forma que voce fica se lamentando por qualquer coisinha…Dói bastante isso, como uma eterna enxaqueca. Que sempre volta e volta e vai embora…Mas deixando a certeza que voltará novamente…

Passado isso, novo bilhete, velha letra, nova mensagem, mesma inocência e digo pra voces…Tremedeira…Sim, dessa vez ela veio e mostrou que me acompanharia em altos momentos da minha vida, principalmente emocional. Ela recebeu enfim o bilhete, porém, lá estava eu no bebedouro fingindo tomar água e apenas a observando, na verdade, estava na fila do bebedouro como se aguardasse minha vez, porém, meus olhos fixos. Ela pegou o bilhete, deu um sorrisinho e em minha cabeça um filme se passou: ela continua sorrindo, olha pros lados perguntando quem foi o anjo que a deixou aquela mensagem e por fim saio correndo dizendo ser eu e ganho um abraço e saímos andando no pátio de mãos dadas…O mundo real me acordou da forma menos sutil possível. O filme…era só filme…Ela pega meu bilhete, diz pra amiga do lado que a letra é muito feia e não dá pra entender nada, joga o bilhete no chão(não sabendo que meu coração lá estava) e como já não fosse de todo ruim, pisa em cima. Olhos enchem de água e saio correndo pra sala vazia, dado que era recreio, para chorar sozinho por um momento temendo a terrível represália que viria caso eu tentasse algo pessoalmente. Assim, nada mais podia fazer a não ser esquecer ou manter de verdade essa paixão como platônica, que tomava meus dias de uma forma tão onírica. Era lindo meus pensamentos a envolvendo e como gostava de sonhar em longas caminhadas pra casa com nossas mãos juntinhas e dizendo um para o outro que éramos namorados. Era estranho, mas o medo de estragar isso pra sempre sempre vinha. Porém, não era o único que sentia isso por ela… Mas só não sabia o quanto isso me doeria, fisicamente. E próximo POST que me aguarde…

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