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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A Vida de Magno

Capítulo I - Na Maternidade


Quando Magno nasceu,

Cara de revoltado ele tinha,

E nem mesmo um choro ele deu,

Antes do clássico “tapinha”.



Pro berçário então foi levado,

Da mãe, naquele momento, foi separado,

E parecendo ter consciência disto,

Chorou ao ter no berçário chegado..



Mas no meio da noite, uma estranha mulher,

O silêncio daquele berçário quebrou,

E o bebê mais bonito que lá havia,

Com rapidez do berço ela o tirou.



Mas o bebê mais bonito que havia,

Era um que revoltado dormia,

E a atenção dessa mulher atraiu,

Quando em um seletivo olhar o viu.



Esse bebê que foi selecionado,

Naquela noite teve seu sono perturbado,

Mais que rapidamente disparou a chorar,

Mas pelo ninar da estranha mulher veio a se calar.



Este bebê era Magno,

E nesse dia nessa maternidade,

Magno de sua família foi roubado.


Mesthor

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Problemas da "Humanidade"



Praticamente todo santo dia (e não todo dia santo) uma amiga me liga pra falar coisas.

-- Que tipo de coisa?

Todo tipo de coisa... Mesmo.
Um desses tipos de coisas que ela gosta muito de falar é que a “humanidade” tem problemas. Se bobear ela consegue enumerar todos os problemas da humanidade. O de hoje foi o seguinte:

-- A humanidade não suporta a verdade.

De acordo com ela as pessoas exigem sinceridade, mas se você fala a verdade elas ficam com raiva... ou tristes... ou depressivas. Já se você mente é uma alegria só. E essa questão não foi colocada sem conhecimento de causa, pois ela testou a teoria (de uma forma bem engraçada, devo colocar, mas que não me cabe entrar em detalhes neste momento).
O importante é que eu concordo com ela. As pessoas normalmente não aceitam que nós apontemos seus defeitos e nem que discordemos de suas opiniões. Não suportam um sorriso meio torto, uma erguida de sobrancelha. Esse tipo de gesto sempre vai gerar discórdia entre uma pessoa sincera e uma pessoa ignorante (não no sentido de analfabeta).
Acho que saber ouvir as pessoas e refletir sobre o que elas lhe dizem é uma forma de crescimento pessoal, que por sinal poucas pessoas conseguem fazer.
Eu li uma citação em um livro (que eu ainda não li) que diz o seguinte:

“Mais que amor, dinheiro e fama, dai-me a verdade.”

Se mudarmos algumas poucas palavras encontraremos o lema da “humanidade”:

“Dai-me amor, dinheiro e fama, ao invés da verdade.”

N.D.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Maybe This Time - Parte 1

"Maybe This Time, I'll Be Lucky" . Essa foi a música que estava sendo executada em uma velha vitrola em uma loja da cidade, uma loja de velharias, apenas notei-a porque eu era fascinado por violoncelos, sempre quis tocar, porém minha mãe dizia que música não dava futuro, mas entre ser um violoncelista e um digitador, acho que me divertiria muito mais na música. Enquanto parei na porta da loja para escutar, sempre vem um vendedor perguntando o que desejo ou qualquer coisa do tipo, saiu insatisfeito com a resposta de que apenas a música me atraía. Admito, pensei mesmo em comprar uma vitrola apenas pra ouvir a música em casa o dia todo, mas caí em mim e vi que não valeria a pena. "Everybody Loves a Winner, so nobody loves me". Fechei os olhos e comecei a deixar levar-me pelas batidas do piano, pelas notas leves do clarinete e claro, pelas batidas melódicas do violoncelo, porém, num estímulo da música, dou um passo para trás como em uma valsa invisível e vejo como a vida pode ser traiçoeira. Nesse exato momento passava pela calçada ao meu lado, ela, que há muito não via nem tinha esperança de ver, mas estava com pressa, vida corrida, rotinas traiçoeiras e por isso seu passo era apertado e teria chegado bem ao destino, se não fosse eu. Ao ir pra trás trombo-me diretamente com ela e com o impacto ela foi praticamente arremessada pra trás. Ela estava com um olhar primeiramente desnorteado, como se tivesse tentado atravessado uma barreira de vidro, dessas que parecem invisíveis, e tivesse colocado toda sua força contra ela. Mas essa parede era eu, e ao voltar aos poucos a si, ela me notou e viu que eu era o culpado. Por cavalheirismo claro eu peguei suas coisas no chão e pedi desculpas, ela aceitou, até ver quem realmente lhe pediu desculpas. Olhou pra mim com aquele olhar que é misto de desprezo, ódio, esperança, não se sabe qual a ordem exata em que aparecem, e enfim, pegou suas coisas saindo dizendo que de mim não esperava outra coisa. Tentei explicar que não era intencional, porém ela não queria me dar ouvidos. Não fiquei surpreendido com sua reação, porém, ainda não sei porque ela não me perdoou até hoje. Mas como diz a música "It's gonna happen, happen sometime."